segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Do lar, minha nova profissão.


Eu pertenço a geração X, que são pessoas nascidas no final dos anos 60 até o final dos anos 70. E assim a definem: "A geração X tem a questão de ir atrás do conhecimento, porque antigamente se alguém queria entender alguma coisa tinha que conversar com uma pessoa que soubesse ou se aprofundar nos estudos”, diz Grecov. 
    Basicamente, meus pais me criaram para ser uma mulher independente, estudei muito e comecei a trabalhar muito cedo, fiz estágio até completar a maior idade e conseguir um emprego de carteira assinada. E assim foram 20 anos trabalhando na mesma empresa, que pra mim já considerava minha segunda casa. Foram anos de dedicação, amor ao que eu fazia, fiz muitos amigos, consegui dar o melhor para meus filhos, me sentia realizada, até que pintou a oportunidade de mudar, recomeçar e explorar novos caminhos, novas experiências, uma proposta tentadora e desafiadora. Pensamos bem, e decidimos ir a diante. Foi difícil a despedida, muito difícil, 20 anos de parcerias, e mais momentos bons do que momentos ruins. Bem nesta nova fase da minha vida, optei por ficar em casa, cuidando e gerenciando tudo, pois estava diante de um novo desafio, cuidar dos filhos, cachorro, comida, arrumar a casa, etc, etc... Nunca tive essa oportunidade antes.   Parece fácil, mais não é, hoje valorizo muito mais as mulheres do lar. É uma trabalho diário, sem folgas, feriados e férias, sem falar no salário, que não existe.  Quem vive essa situação sabe exatamente do que estou falando, e ainda ouvir, " o que você faz mesmo?". Gente o trabalho é duro, valorizem e  respeitem quem tem essa profissão " do lar". Aqui nos Estados Unidos o serviço de limpeza de casa, cozinhar, lavar, passar é super valorizado, e se paga um valor alto, ou seja, ter empregada doméstica aqui, é um luxo, quase impossível, mas se consegue uma diarista, de vez em quando, mas prepara o bolso, não é barato. No início toda essa mudança é angustiante, confusa e você tenta se ocupar de todas as maneiras para não deprimir. Eu aprendi com isso a me valorizar ainda mais, e cobrar isso também.         


















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